sábado, 9 de fevereiro de 2013

Capital do Vale e Real, cadê vocês?

Olá pessoal!! Novamente, estamos aqui renovando o arquivo do blog, com mais um artigo novinho para vocês. Antes de tudo, queria agradecer todas visualizações e comentários feitos no blog e na fan page. Estamos tendo um feed-back bem legal: somente neste mês, com 4 artigos, foram mais de 1.000 visualizações no blog e mais de 9.700 na fan page. Isso é muito gratificante, valeu mesmo.
Queria anunciar também que, para enriquecer o conteúdo do Estação Regional, Gabriel Alves e o Jefferson Henrique estão fazendo parte da equipe, aumentando o nosso acervo e agregando novas idéias para o Estação.

Hoje trago um artigo sobre a Capital do Vale, Real e São Bento, que inaugurou o transporte coletivo de São José dos Campos e teve um fim bem ruim, principalmente para nós, colecionadores. Antes, um breve resumão da empresa.


Torinos da extinta Capital do Vale e Real

A Capital do Vale e Real começaram em 1984, surgida da divisão da E.O.São Bento, cada qual operando em cada zona da cidade. Ao passar do tempo, a população de São José cresceu muito, o que obrigou as empresas aumentarem cada mais a frota com o decorrer do tempo. Na década de 90, a demanda era tanta que a Real e a São Bento tiveram que adquirir ônibus articulados, como por exemplo o "1000" da Real, articulado oriundo de Curitiba, ex-Redentor. Mais posteriomente, a Capital do Vale - juntamente com a Real - comprara ônibus articulados, todos Ciferal GLS Bus (veja a foto do 3670 no link, lembre-se dele). Nos anos 2000, a empresa começa a renovar a frota com carros traseiros, uns oriundos do Riooutros comprados 0KM (veja a foto do 3180 no link e também não o esqueça).

Marcopolo Viale VW 17-240OT da Capital do Vale, um dos vários carros
comprados 0KM pela empresa na época.

Só que em 2005, veio a crise. Nessa época, a empresa só comprou ônibus usados, a maioria do Rio. Essa crise acarretou dívidas trabalhistas, como não pagamento de direitos e diversas outras dívidas ocasionadas pela má administração das empresas. Infelizmente, não era uma crise passageira. De 2005 à 2008, ocorreram inúmeras greves que levou à prisão dos bens da empresa e enfim a falência.
Em 2008, a prefeitura de São José anunciou as três vencedoras dos três lotes da cidade: Trans1000(lote 1), Júlio Simões (lote 2) e Expresso Maringá (lote 3). A Júlio e a Maringá assumiram os lotes, mas por erro da prefeitura, a Trans1000 não pôde assumir o lote 1, sendo o mesmo operado em caráter emergencial pela Capital do Vale e Real. Já a São Bento, fechou as portas e seus carros ficaram jogados na garagem.
Curiosamente, no mesmo ano, mesmo sabendo que tinha perdido parte de seu monopólio, a Capital do Vale e Real fizeram sua última compra, mais de 40 Torinos VW 17-230EOD. Último suspiro? Sim.

Dois dos Torinos VW comprados em 2008 pelo grupo. Última compra.


Todos já sabiam que era questão de tempo para o grupo sair de cena em São José, havia alguns que sonhava que ela iria assumir o lote 1 de vez, mas isto não aconteceu. Em 2010, a prefeitura anunciou que a vencedora real do lote 1 era a Saens Peña, do Rio. E no dia 7 de Fevereiro de 2011, foi o último dia da "império" na cidade, triste.

Depois disso, alguns carros posteriormente foram vendidos, como os Viales VW 17-210EOD, que a Três Irmãos de Jundiaí comprou. Outros, ficaram mofando mais ainda na garagem, mas, em 2012, eles saíram de lá e foram para a Zona Norte de SJC, caindo LITERALMENTE ao pedaços e outros para desmanches.






Lembram do 3670? Cá está ele...

E do 3180? Tá bem acabado.




É muito triste ver uma empresa que tinha uma qualidade muito grande (tanto que tinha ISO9001) acabar desta forma.

É isso pessoal, por hoje é só. Espero que tenham gostado desse resuminho do começo, meio e fim da "império" em São José. Curta a nossa fan page no Facebook! Siga-nos no Twitter! Abraços!!!