Em uma participação especial, vamos falar hoje sobre o sistema trólebus da cidade de São Paulo, trazendo uma breve cronologia e um prospecto para um futuro não muito distante, que prometem boas novidades até o fim do ano.
A primeira e única data que vou me ater será o dia 24 de Abril de 1949.
Ali nasceu o sistema trólebus no Brasil. Com trólebus usados e importados, a primeira linha a operar foi na região central de São Paulo, ligando às proximidades do marco - zero ao famoso parque da Aclimação. Em substuição a uma antiga linha de bondes, o trólebus foi logo expandido para o Pacaembu (região do estádio homônimo, famoso pelos jogos dos times paulistas).Não demorou muito, a rede já atingiu magnitudes de um sistema, atingindo todas as regiões da cidade, com ênfase no centro, onde funcionava uma espécie de " hub " das linhas. Tal importância era dada à tração elétrica, que ônibus movidos a diesel foram convertidos a trólebus, passando a integrar a frota e começando a história da produção de carrocerias por parte da antiga empresa gestora de transporte da capital paulista, a CMTC.
Desde então, devido ao alto custo de projeto e execução de um trólebus nacional ou a importação já dificultada pela constante inflação e desvalorização da moeda, a Companhia Municipal de Transportes Coletivos começou a fabricar suas
Depois de pleno funcionamento, os trólebus começaram a ter uma leve retração no governo de Luísa Erundina, na época do PT - SP. Muitas mudanças de mãos de tráfego e alteração ou desativação de linhas, ocasionou a retidada de alguns quilometros de rede, nada de muito relevante.
Entretanto, após 54 anos de existência, o sistema sofreu uma dura queda. Foi reduzido em 80% de sua operação, correndo sério risco de ser extinto nas mãos da também prefeita do PT, Marta Suplicy.Foram desativados mais de 200 carros, alguns com 5 anos de uso, incluindo suas respectivas linhas, limitando - se somente, entre o Centro e a Zona Leste, ao invés da cidade toda.
Desde então, a situação dos elétricos vem capengando muito e com raros lapsos, foram adquiridos novos carros, na irrisória quantidade de 10 carros Busscar monobloco e outros dois protótipos da Caio, com carroceria Millenium II e chassi O500U e um 15 metros sobre o K270.
O sistema só tomou um real fôlego em 2012, quando foram encomendados 78 novos carros, todos com chassi Mercedes Benz O500U e carroceria Caio Millenium III para substituição dos antigos.
Aproveitando a onda, a empresa pertencente ao Grupo Ruas ( Ambiental Transportes ) ao adquirir a antiga Himalaia, avaliou toda a frota e além da encomenda dos novos carros já citados, seriam adquiridos mais 50 unidades com 15 metros de comprimento, com chassi K270 sob a nova carroceria da Caio, o Millenium BRT, sendo um deles, com marcha autônoma.
A marcha autônoma é constituída através de um banco de baterias dispostas acima do ônibus, alimenta o trólebus num percurso de até 20km em linha reta ou 08km em um percurso com terreno com ladeiras íngremes, tendo como intuito acabar com o problema das já nem tão constantes quedas de energia e fios partidos.
Há cerca de dois meses, foi anunciado a compra de mais 50 unidades de trólebus 15 metros nos mesmos moldes dos primeiros 50, só que com marcha autônoma. Outros 10 carros elétricos também foram solicitados para aditamento de frota. De carroceria desconhecida, o chassi será a surpreendente Volkswagen MAN, que interessada no mercado nacional e internacional, irá testar novos conceitos através desses veículos.
Antes de encerrar, permitam-me anunciar que estou com textos, curiosidades e fotos relativas ao transporte em geral, no Boletim do Transporte, que pode ser acessado através do link www.bdtrans.blogspot.com.br
Por enquanto é só e nos encontramos no BDTrans! Valeu Pessoal!
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